Instituto Pensar - Maia diz que não analisará impeachment contra Bolsonaro

Maia diz que não analisará impeachment contra Bolsonaro

por: Igor Tarcízio


Rodrigo Maia (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Nesta segunda (1º), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), descartou a a ideia de dar andamento a um mais de 60 pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Apesar da especulação sobre seu último ato à frente do comando da Casa, Maia afirmou à jornalista Andréia Sadi, da GloboNews, que não irá acatar nenhum dos processos.

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"Não vou deferir impeachment?, teria dito o parlamentar um dia após, irritado, ter ameaçado fazê-lo em resposta ao desembarque de seu próprio partido, o Democratas, da chapa que tem Baleia Rossi (MDB-SP) como candidato ao comando da casa legislativa. 

A saída do bloco teria reforçado ainda mais o favoritismo de Arthur Lira (PP-AL), candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na disputa.

Incumbência

Cabe ao presidente da Câmara dos Deputados a decisão sobre dar continuidade ou não a pedidos de impeachment contra o presidente da República e seu vice. Esta segunda-feira é o último dia de mandato de Rodrigo Maia no posto e, em tese, seria a última oportunidade de o deputado fazer este tipo de movimento.

Maia também teria negado a possibilidade de aceitar pedido de impeachment em conversa com o líder do PT na casa legislativa, Enio Verri (PR). "Ele disse que não vai abrir?, afirmou o parlamentar petista ao Estadão.

Sucessor terá que decidir impeachment

Com a decisão de não deferir pedidos contra Bolsonaro, Maia deixa ao seu sucessor uma pilha de pedidos de abertura de impeachment. Além de implicar em risco de perda de mandato ao mandatário, o processo poderia atrapalhar o andamento da agenda de interesse do governo federal no parlamento.

Nos bastidores, há uma avaliação de que Maia poderia sofrer desgaste adicional junto ao mercado financeiro e correligionários se aceitasse o pedido de impeachment contra Bolsonaro. Além disso, havia uma discussão sobre a possibilidade de Arthur Lira, se eleito presidente da casa, anular a decisão.

Com informações do G1



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